VEREADOR, A MAIOR REPRESENTAÇÃO DE UM POVO

As Câmaras Municipais, também conhecidas como o Legislativo Mirim, nasceram, ainda no período colonial, com o objetivo de aproximar a população das vilas do Império Português instalado no Brasil da época.

#Administração POR OTAVIO 04 DE OUTUBRO DE 2017
As Câmaras Municipais, também conhecidas como o Legislativo Mirim, nasceram, ainda no período colonial, com o objetivo de aproximar a população das vilas do Império Português instalado no Brasil da época. Longe do povo, sem escutar suas queixas e, portanto, sem buscar soluções ou paliativos, e ainda com receio de revoltas, o Imperador via na criação dos vereadores, denominados de “homens bons”, o elo entre a Coroa e os interesses populares.

Destaque-se que ainda que sobre a sombra de uma Monarquia, os vereadores tinham como propósito representar o povo. De modo que a instituição Poder Legislativo desde os primórdios resistiu ao tempo e aos diversos sistemas políticos-administrativos, a exemplo da ditadura de 64, devido a um detalhe que faz toda a diferença em relação a outras instituições políticas: o Legislativo emana do povo e como tal é o pilar de sustentação de uma democracia.

Com o tempo as Câmaras Municipais, se transformam em Assembleias Legislativas nos Estados e no Congresso Nacional, nestes representados por deputados estaduais e federais. E assim o Legislativo brasileiro reforça o seu objetivo maior de representação popular. E assim é preciso. Não por uma questão de se apoderar do poder pelo poder, mas, acima de tudo, de continuar o processo de aproximação do povo com o Poder.

Mas, claro, entre os legisladores, nenhum é tão povo, ou como diz o poeta, tem tanto cheiro de povo, quanto o vereador. Por ser este, entre tantos outros representantes de segmentos diversos de nossa sociedade, aquele que vive o dia a dia de uma cidade entre as pessoas mais comuns. Ou seja, o vereador está no Município onde a vida, com seus pros e contras, verdadeiramente, acontecesse. Dai a constatação de que o povo, com sua pluralidade de interesses, está dentro das Câmaras Municipais.

Apesar de tudo, pode-se perguntar, e porque, vira e mexe, algumas aves ecoam o canto da desarmonia, da tentativa de fazer guerra erguendo a bandeira da discórdia sob o pretexto de que numa organização político-administrativo não há a necessidade do vereador. É fácil entender. Voltemos no tempo. Ainda no Brasil colônia eram notórias as divergências entre as Câmaras Municipais e o Império que muitas vezes arrotava o desejo de fechá-las por não aceitar que os vereadores tivessem autonomia de criar leis que atendesse aos interesses basilares do povo.

Nos dias atuais nada é diferente. Ao topo da nossa pirâmide social, na maioria dos casos, somente chegam e se mantem os que oprimem ou renegam os direitos mais elementares do povo. E assim o é quando nos deparamos com o uma convicção. Em nenhuma outra condição do nosso contexto político-administrativo, o povo é tão povo.

Não se ver nas Prefeituras, nos palácios governamentais e presidencial, o cotidiano das sessões, das reuniões e audiências públicas para buscar o remédio para as agruras da população. Só no Legislativo, nas Câmaras Municipais, através dos vereadores, que o povo tem a oportunidade de contar suas histórias, de chorar, reclamar, de até xingar, e de, porque não, manter sua esperança em dias melhores. E isso, incomoda os que fazem do Poder um bem pessoal e intransferível ao bem da maioria.
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